Quem nunca teve medo de ser julgado pelo que pensava? Agora, alguém já pensou que poderia ser torturado por apenas expressar o que pensava? Se não, agradeça a Deus por nunca ter tido que pensar nisso. Se sim, você deve saber do que eu estou falando: a Ditadura Militar.
De 1964 a 1985, a última coisa que você iria querer fazer é se expressar: se você falasse sobre política ou sobre como os militares eram severos, poderia ser a última vez que você veria a liberdade: assim que a polícia descobrisse, você seria capturado.
E dava pra eles fazerem isso com qualquer um, sem terem certeza de nada: se achassem que você era comunista, que alguém da sua família era comunista, que você fazia parte de algum movimento revolucionário, que alguém na sua família fazia, se você fizesse algo suspeito… não importava: você era preso (como vimos na dinâmica em grupo).
Há alguns dias, nós visitamos o Memorial da Resistência um prédio em São Paulo que antigamente, servia como local de confinamento e tortura. Apenas as celas originais ainda estão lá, no andar térreo – as torturas aconteciam nos andares de cima, mas hoje não existe mais nenhum dos instrumentos no local.
Mesmo assim, é um ótimo lugar para você ir com a sua escola: você entrará nos lugares onde centenas de pessoas ficaram encarceradas, terá a chance de descobrir os motivos absurdos pelos quais elas estavam lá, e ainda poderá ouvir seus depoimentos em uma das celas, além de poder vivenciar como a vida naquele lugar era dura: celas do tamanho de um quarto nas quais ficava mais de quarenta pessoas, torturas físicas e psicológicas quase todos os dias, alimentação precária, banhos de sol apenas uma vez por semana para cada uma das quatro celas – muitos nem chegaram a sair para ele.
No interior de uma das celas, podem-se ver dezenas de nomes de pessoas de ficaram encarceradas lá, todos escritos por pessoas que sobreviveram e se lembravam de seus companheiros. Entre eles, estão Stuart Angel e Monteiro Lobato.
Você se comove ao ver e ouvir como era a vida de quem passou por lá, vendo seus nomes, ouvindo suas dores, tendo esperança em seus depoimentos de força. Que atire a primeira pedra quem nunca teve medo de ser julgado por cauda do que pensa: eu quase chorei me lembrando deles.
(Giovanna, Sarah, Carla, Karolyne, Ruth e Victória 8ª A)
Nenhum comentário:
Postar um comentário