O “pau-de-arara”
É uma das mais antigas formas de tortura usadas no Brasil - já existia nos tempos da escravidão. Com uma barra de ferro atravessada entre os punhos e os joelhos, o preso ficava pelado, amarrado e a barra sobre duas mesas, ficando o corpo pendurado a cerca de 20 ou 30 centímetros do chão. Nessa posição que causa dores atrozes no corpo, o preso sofria com choques, pancadas e queimaduras com cigarros.
Este método quase nunca é utilizado isoladamente, seus “complementos” normais são eletrochoques, a palmatória e o afogamento.
O pau-de-arara era uma estrutura metálica, desmontável, que era constituído de dois triângulos de tubo galvanizado em que um dos vértices possuía duas meias-luas em que eram apoiados e que, por sua vez, era introduzida debaixo de seus joelhos e entre as suas mãos que eram amarradas e levadas até os joelhos;
Durante protesto em Brasília, meses atrás, manifestantes simulam a tortura conhecida como "pau de arara" aplicada pelos agentes policiais e militares, com supervisão médica, durante a ditadura civil-militar de 1964/85.
A presidente Dilma Vana Rousseff foi torturada nos porões da ditadura em Juiz de Fora, Zona da Mata mineira, e não apenas em São Paulo e no Rio de Janeiro, como se pensava até agora. Em Minas, ela foi colocada no pau de arara, apanhou de palmatória, levou choques e socos que causaram problemas graves na sua arcada dentária. É o que revelam documentos obtidos com exclusividade pelo Estado de Minas , que até então mofavam na última sala do Conselho dos Direitos Humanos de Minas Gerais (Conedh-MG).
Ex-militante do Movimento Estudantil de Niterói, Aluizio Palmar, 67, ainda acorda a noite assustado com as lembranças da tortura a que foi submetido há 30 anos. “Me penduraram em pau de arara”. Diz ter sorte de estar vivo.
Palmar é um dos cerca de 3 mil brasileiro acusados de “subversão” pela ditadura brasileira.
Fotos do “Monumento Pau-de-Arara/ Tortura Nunca Mais”, na junção da Avenida Mário Melo com a Rua da Aurora, no bairro da Boa Vista, Recife, Pernambuco, Brasil.
(Giovanna, Carla, Karolyne, Sarah, Vitória e Ruth 8ªA)
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